Ostracoda
"É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou"
- O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry (1943)Um guardanapo de papel que me serviu pra limpar alguns pincéis usados ficou interessante. Relutei em aplicá-lo numa tela, mas algumas obras do norte-americano Cy Twombly e do catalão Antoni Tàpies me encorajaram - parecia não haver limites para a criatividade desses caras.
O estilo abstrato ganhou com eles (entre prós e contras) um novo significado e um leque maior de possibilidades. Texturas, formas, misturas, tamanhos e borrões abrem caminhos para que outras coisas além da tinta sejam utilizadas em tela. Não foram eles os primeiros e não se sabe ao certo quem foi. Só sei que foram eles que chegaram a mim antes de qualquer outro.
Antoni Tàpies soube como fazer uma mescla interessante desses materiais em várias de suas obras, inclusive o visual da fachada de seu próprio instituto. Sempre que um de seus quadros é anunciado numa casa de leilões, a disputa é acirrada e o valor arrecadado é alto, para indignação de seus detratores que vêem sua arte como lixo de fácil reprodução e de simplória concepção.
Já foram feitos longos textos e até vídeos explanando o quanto uma obra dita "artesanal" não merece receber o status de arte. Na mesma proporção, o não menos influente Cy Twombly já foi aclamado e criticado por suas ousadias estéticas.
Uma das telas mais caras já vendidas de sua coleção, remete a uma lousa toda rabiscada. Há algo de perturbador em sua proposta, o que ficou fora de discussão graças ao valor exorbitante pago por um colecionador. Seus outros trabalhos feitos com papel aplicado em tela também foram celebrados e até tatuados pelos fãs mais emocionados. Porém o que um dia foi novidade, perde o frescor tal como uma piada contada pela segunda vez quando se repete muito sem apresentar algum tipo de avanço.
Até no caso das obras de arte, que quanto mais antigas, mais preciosas, a crise criativa pode ficar evidente e, o que um dia parecia ser um objeto de desejo, perde o encanto até que um dia volte a ser inspiração.
Quanto vale uma idéia?
O estilo abstrato ganhou com eles (entre prós e contras) um novo significado e um leque maior de possibilidades. Texturas, formas, misturas, tamanhos e borrões abrem caminhos para que outras coisas além da tinta sejam utilizadas em tela. Não foram eles os primeiros e não se sabe ao certo quem foi. Só sei que foram eles que chegaram a mim antes de qualquer outro.
Antoni Tàpies soube como fazer uma mescla interessante desses materiais em várias de suas obras, inclusive o visual da fachada de seu próprio instituto. Sempre que um de seus quadros é anunciado numa casa de leilões, a disputa é acirrada e o valor arrecadado é alto, para indignação de seus detratores que vêem sua arte como lixo de fácil reprodução e de simplória concepção.
Já foram feitos longos textos e até vídeos explanando o quanto uma obra dita "artesanal" não merece receber o status de arte. Na mesma proporção, o não menos influente Cy Twombly já foi aclamado e criticado por suas ousadias estéticas.
Uma das telas mais caras já vendidas de sua coleção, remete a uma lousa toda rabiscada. Há algo de perturbador em sua proposta, o que ficou fora de discussão graças ao valor exorbitante pago por um colecionador. Seus outros trabalhos feitos com papel aplicado em tela também foram celebrados e até tatuados pelos fãs mais emocionados. Porém o que um dia foi novidade, perde o frescor tal como uma piada contada pela segunda vez quando se repete muito sem apresentar algum tipo de avanço.
Até no caso das obras de arte, que quanto mais antigas, mais preciosas, a crise criativa pode ficar evidente e, o que um dia parecia ser um objeto de desejo, perde o encanto até que um dia volte a ser inspiração.
Quanto vale uma idéia?
Muito legal 👏👏👏👏❤️
ResponderExcluirMuito bom!!!
ResponderExcluirArte é subjetiva, é a expressão da emoção/pensamento/interpretação do artista sobre algo. Inútil qualquer interpretação externa, inútil qualquer avaliação financeira. A obra vale o sentimento que desperta, e por isso, também tem valor subjetivo. Simples assim. Prá um, não vale nada, prá outro, pode valer o mundo!!
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