Metrônomo

 Só sei que nada sei

- Sócrates



Parece insano, mas é assim que enxergo a medida do conhecimento humano - uma folha de papel em branco com uma colagem cuja forma se assemelha a um metrônomo, aparelho que marca com precisão o andamento e as diferentes velocidades de uma canção.
A representação do metrônomo nesta obra e seu reduzido tamanho indica a quantidade que o ser humano conseguiu atingir até hoje em relação ao conhecimento total, sendo o restante do espaço em branco o que falta ser alcançado. A proporção entre conhecimento e o desconhecido é apenas um contraste e não uma certeza.
E tal qual uma canção, o conhecimento se molda, se expande, muda de compasso, é revisado e varia de acordo com o tempo. Não atingimos ápice algum em relação a nada, não existem limites que encerrem a busca por mais informação, e é isto que move o ser racional, sempre sedento por mais.
Não se trata de uma obra definitiva e sim um registro em imagem que provoca pelo inusitado e questiona: o ser humano tem tanto assim a descobrir?
A resposta óbvia e que todos sabem é que sim, há muito ainda o que se buscar. É impossível medir a quantidade do conhecimento humano porque é impossível saber o quanto ainda existe a ser atingido.

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